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De forma objetivas, essas são 6 diretrizes
de um bom trabalho de Orientação Profissional:
1#
Fazer um trabalho singular em cada caso (o que garante um processo eficiente).
2#
Ir contra a ideia de “ajustamento” e “adaptação” a um perfil profissional, considerando que as demandas colocadas no mundo do trabalho vão além de ajustamento e adaptação vocacional. Hoje, as carreiras são muito mais flexíveis e indefinidas.
3#
Considerar o risco de se utilizar técnicas e atividades pré-existentes, de maneira sistematizada e mecânica, pois isso significa propor uma experiência menos significativa e talvez até transpor para o orientando uma demanda ou contexto que não existem para ele.
4#
Não formatar a Orientação Profissional às demandas de “atividades rápidas que solucionam a escolha”, típicas da atualidade, nem a ansiedade do orientando de “decidir logo”. A ideia é que o tempo da OP seja contrário a temporalidade contemporânea, que desvaloriza o tempo de compreender em prol da busca por resultados, sem dar condições de reflexão e de apropriação da escolha.
5#
Reconhecer que não é o orientador que detém o saber sobre o orientando, e sim o orientando que detém o saber sobre si mesmo. Logo, o objetivo não é oferecer conteúdos que indiquem qual é a sua "vocação" ou em qual a profissão ele se encaixaria melhor, mas sim propiciar uma experiência significativa e particular, pois é aí que reside a possibilidade da construção de uma escolha.
6#
Valorizar o processo vivido na OP tanto quanto a escolha final do orientando.
O objetivo geral de um processo de OP é fazer com que o orientando olhe para si e para sua trajetória através do contato e da articulação entre: Passado - Presente - Futuro. O objetivo específico
é que ele seja capaz de fazer uma escolha esclarecida (seja ela de um curso superior, de um cursinho, ou até mesmo de não fazer nada naquele momento).
A escolha será feita para o FUTURO, que é o foco do trabalho de Orientação Profissional. Mas, para pensar no futuro desejado, a construção deve partir das raízes, da apropriação do orientando da sua trajetória de vida, do significado do trabalho para ele e dos seus desejos para sua vida.
A apropriação de PASSADO e PRESENTE é o que fomenta a capacidade de apropriação do FUTURO, chamado de "projeto". Essa articulação organizada e concretizada pelo processo da Orientação Profissional é o que permite que o orientando ressignifique e se aproprie da sua escolha profissional.
O orientador profissional, então, deve dar a sustentação necessário para o orientando que está se havendo consigo mesmo e com sua trajetória, propondo um espaço para a autorreflexão, através de vivências sensibilizadoras e significativas.